sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Esperando Brigitte Bardot


A espera por uma nova redenção econômica, remete-nos à uma triste imagem das gestões públicas de Búzios: Aquela mala surrada e já desgastada pelo tempo, plantada na Orla Bardot e com a BB sentada contemplando a paisagem.

Através da forma imoral e mercantilista como a política é praticada aqui, Búzios atualmente é uma cidade jovem que apesar de ter se emancipado há apenas 20 anos, se vê diante de uma situação trágica, agravada pelo aumento da exploração descontrolada do turismo e sua população carente.

A cidade parece não ter mais o direito elementar de escolher com isenção os seus próprios dirigentes e os seus eleitores estão agora diante de um dilema: negociar o seu voto com verdadeiros mascates da corrupção ou ignorar esta partilha que é feita do poder público pelos mesmos oportunistas de plantão, que continuam a esboçar estratégias para iludir mais uma vez os incautos.


Quando os novos prefeitos entram na prefeitura, não auditam nem apuram as responsabilidades pelos malfeitos de seus antecessores. Ao contrário, cooptam secretários e os mesmos funcionários públicos ladrões dos governos anteriores, para criar novas quadrilhas e continuar a assaltar os cofres públicos. É um círculo vicioso, onde: "Quem está dentro não quer sair e quem está fora quer entrar."


Discutir a cidade e romper o paradigma dessas gestões danosas para o município, é buscar uma união de todos em torno de uma única candidatura, responsável por gerir um projeto amplo de renovação que apresente propostas discutidas pelos diversos setores da população.


Essa busca, hoje não é mais por um choque de gestão, mas por um choque de responsabilidades envolvendo a todos: empresários, trabalhadores, estudantes, professores, políticos, donas de casa, funcionários públicos, jornalistas e todos demais interessados em executar as reformas urgentes que transformem a difícil realidade de abandono de Búzios.


Seria de uma irresponsabilidade fatal, é permitirmos que o próximo prefeito seja eleito com apenas 30% dos votos, que é exatamente o número de pessoas 'beneficiadas' atualmente pelo empreguismo desvairado do governo.  Fato consumado, que se repete e aumenta a cada administração de Búzios. 


Se não se arrebentar de vez com o cabresto dessa folha de pagamento inchada, esta cidade continuará a se arrastar para um nível de empobrecimento insuportável, com os sinais de maquiagem cada vez mais visíveis no seu patrimônio público e em serviços ineficientes.


É preciso reduzir os dispêndios com a folha de pagamento, para atingir um nível que não ultrapasse 40% do orçamento do município, além de uma redução dos serviços terceirizados, cujos contratos precisam ser reavaliados em pelo menos 90% das suas necessidades, incluindo os termos desses serviços de péssima qualidade, que são prestados com uma notória incompetência.


Estabelecer compromissos com a política local, não é apenas se envolver com os partidos políticos. É militar em um movimento popular por uma reforma administrativa de Búzios, propondo novas políticas públicas, executando amplo programa de governo, fixando metas e cobrando resultados. 


Não queremos discutir candidatos, mas projetos para a cidade. Este ego patético de pré-candidatos disfarçados de autoridades, não pode mais prevalecer sobre o bom senso dos habitantes de um lugar que pretendia ser importante destino turístico internacional.

José Carlos Alcântara

  

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