terça-feira, 20 de setembro de 2016

Nó da Desconfiança

 

É muito grave essa situação que vamos enfrentar nessa travessia para o futuro de Búzios. Nem sempre uma solução mais simples é a mais funcional. Nosso passado é composto por fatos que deveriam nos ensinar a caminhar para o futuro, na certeza de que ao caminhar pela vida, olhamos para a frente escolhendo o melhor caminho por onde seguir, mas olhamos também para os lados para ver quem nos acompanha e se algo está nos ameaçando.

A escolha dos candidatos na eleição que se aproxima, é uma ponte que deveríamos tentar construir para chegar com mais segurança ao futuro. Mas, há um improviso que irá que determinar mais uma vez o trágico destino de uma jovem cidade que vive do turismo, sem perceber que é apenas a proteção ao seu meio ambiente que pode e deve assegurar esse futuro. 

Após a decisão tomada por seus eleitores, Búzios amanhecerá no dia 3 de Outubro diante de um político escolhido para administrar um orçamento superior a R$ 1 bilhão para os próximos anos, além de uma câmara de vereadores que poderá ser composta por membros cujos nomes são uma incógnita tão grande, como é atualmente o nome do próximo prefeito.

Na breve história desta cidade, nunca tantos dependeram de tão poucos para poder escolher com sabedoria o melhor caminho a seguir para edificar com responsabilidade uma ponte, que não pode ser um equipamento improvisado, sob pena de comprometer a atual geração de seus moradores e de seus filhos, a um futuro com uma terrível decadência econômica e social.

Este é um momento de reflexão para todos, mas é também um momento de grandeza de espírito e desprendimento de todos os políticos que se lançaram numa corrida louca por um lugar ao sol, sem medir as consequências para obter um emprego que lhes será concedido pelos eleitores.
Mas, que lhes é concedido justamente por quem precisa desesperadamente garantir a sua própria sobrevivência, a saúde, a segurança, a educação e o bem estar de suas famílias, em troca de um compromisso constitucional com que brindarão seus representantes, pagos com o seu próprio sacrifício.
É com um nó de desconfiança preso na garganta, que pedimos encarecidamente a todos os políticos que convivem conosco em nosso dia a dia, que atentem para a dureza dos dias que estamos vivendo e entendam de uma vez por todas, que não é com a vida nem o futuro político dos políticos que estamos preocupados.
Mas, apenas com o futuro da nossa cidade. Com o futuro de pessoas simples que não poderão mudar mais o curso da história de suas próprias vidas, após fazer uma escolha equivocada, ao apertar as teclas da urna eletrônica neste próximo dia 2 de Outubro.

José Carlos Alcântara

sábado, 17 de setembro de 2016

Mensagem ao Leitor

                                                 










Ao descobrir a comunicação nos primórdios da civilização,
descobrimos também a possibilidade de enviar mensagens
não verdadeiras. A mentira teve um papel preponderante
para a sobrevivência e a evolução do homem.

Até mesmo as leis reconhecem que os indivíduos têm o
direito de mentir para defender-se. Como é de conhecimento
de todos, não se pode produzir provas contra si mesmo.

Só quem viveu a história tem certeza dos fatos para saber o
que é a verdade, o que é mentira, e o porquê das alterações
ao transmiti-los. Quais seriam os interesses para que fossem
alterados? Será que realmente foram alterados, ou será que
essa sugestão também tem algum propósito?

A mentira tem, também, exatamente essa função: confundir.
Significa inventar uma verdade que não existe. Não relatar
uma verdade como ela é. A mentira começa com a pessoa,
enquanto a verdade é anterior a ela. Quando nós mentimos,
criamos uma realidade que não se baseia em nenhum outro
fato, a não ser nossa própria criatividade.

Os políticos que mentem sobre as suas experiências e
qualificações, sempre são desmascarados pela inconsistência
de suas propostas ou pela incapacidade de atender às
expectativas que criaram.

Nossa indignação diante das mentiras que transformam a
experiência de viver em Búzios numa grande frustração por
não conseguirmos desfrutar dos direitos fundamentais de
cidadãos e contribuintes, é que nos leva a escrever artigos
para serem publicados.

Este é o desafio que nos faz relatar nossa opinião para
reflexão dos leitores. Indagar, alertar e cobrar as soluções
para problemas elementares que afetam a vida de todos os
habitantes da cidade.

Enquanto tiver perguntas e não houver respostas, continuarei
a escrever e a expressar minha opinião, livre de qualquer
interesse ou motivação de ordem política, financeira ou de
promoção pessoal.


José Carlos Alcântara